FARM: Vale a pena?


Há algumas semanas, antes de ser lançada a coleção de inverno, a  Farm disponibilizou seu bazar sazonal, e eu, como gosto muito da marca (apesar de ter algumas ressalvas) fui conferir os descontos e as peças; acabei achando uma saia lindíssima que estava saindo por menos de trezentos reais, e que seu preço original seria quase quinhentos reais. Eu realmente achei a saia muito bonita, a estampa era um belíssimo desenho inspirado na comunidade dos Ribeirinhos na Amazônia. Era uma peça que iria conferir muita personalidade aos looks que estava pensando em montar. Mas eu comprei? Não comprei! Mesmo tendo chegado nas minhas amigas do curso e perguntando como quem não quer nada "O que achou dessa saia?" e logo em seguida falando algo como "Preciso que me dê motivos para não comprar essa saia". Eu não sei vocês, mas eu sempre fico muito contente quando consigo economizar dinheiro não comprando algo que embora seja uma graça e eu quisesse muito, não esteja realmente precisando. 

Particularmente não acredito que seja consciente (ecologicamente e financeiramente dizendo) gastarmos tanto dinheiro com marcas que cobram tão caro pelas suas peças, embora exista um cenário por trás que possa justificar o preço exacerbado, através da qualidade das peças, a confecção responsável dos tecidos e estampas originais e principalmente as iniciativas sustentáveis a favor do meio ambiente, mesmo assim, não acredito que justifique a não ser que você seja rica. Mas eu particularmente acho que a marca tem uma cara muito original e, principalmente, muito brasileira. Foi criada no Rio de Janeiro e além das peças serem inspiradas na cultura do Rio, a Farm também explora a autenticidade da cultura brasileira de diversos estados diferentes, e eu acho bastante importante valorizarmos marcas que além de produzirem suas peças no Brasil, enalteçam a riqueza da nossa cultura. 

Um bom ponto a se ressaltar é a qualidade dos tecidos, a Farm costuma trabalhar principalmente com algodão 100% e viscose, dois tecidos naturais na qual a produção não prejudica o meio ambiente ao nível de por exemplo, o poliéster, que é um tecido sintético. Pra mim que nunca havia usado estes tecidos antes, fiquei surpreendida com o conforto proporcionado por eles. Sou Potiguar, embora aqui se trate de uma região litorânea, é bastante quente na maior parte do ano, e nesse quesito, as peças da Farm que provei servem como uma luva. Respiram junto com sua pele, conseguem ser encorpados e incrivelmente leves ao mesmo tempo. As peças que tenho foram todas adquiridas na coleção de verão de 2025. É uma coleção pensada para ser refrescante, mas sem perder o charme. Na verdade eu tenho ao todo três peças da marca, comprei-as no finalzinho do ano passado, também com desconto: um vestido longo que por algum motivo me lembra Midsommar e que eu amei, um vestido curto com mangas etéreas, e um kimono e de fato só faltava uma saia longa pra minha coleção. Embora eu esteja pagando até hoje as parcelas (risos), não me arrependo das minhas compras. Foi uma experiência bacana e posso dizer até que extravagante ter conhecido essa marca e passar a usá-la.


Há algumas pessoas que realmente não curtem as estampas ou os modelitos, que parecem "roupa de feira". Eu também acredito que o investimento só vale se for, realmente, a peça dos seus sonhos. Precisa fazer parte do seu estilo pessoal, não do hype do momento, até por que ninguém gosta de gastar horrores em uma roupa apenas para descobrir que não gostou dela depois, né? Acho que quando entramos em um debate de moda consciente, é importante sabermos principalmente ponderar nosso consumo em questão quantitativa mesmo. Acredito que adotando do consumo consciente seja uma marca bacana e de se apoiar.


Para mais informações sobre as iniciativas da Farm para reflorestar os biomas brasileiros, clique aqui!

  1. Eu sou muito desligada pra marcas de roupa e coisas de estilo, apesar de querer sempre mudar muuito isso! Não tenho estilo definido, além do "me visto casualmente", então acabo comprando o que gosto e não o que combina com o que tenho no guarda-roupa (o que é um erro porque depois NADA combina). Penso em peças individualmente e não no look todo, sabe? Isso me atrapalha um pouco. Trabalhei em uma loja de moda masculina e os preços também eram não muito acessíveis, mas percebia a fidelidade de muitos clientes, acho que isso também acaba importando né? Enfim, as minhas roupas acabam sendo as baratas (o que é barato hoje em dia, né?) e geralmente sem marcas, mas, sinceramente, não julgo quem gasta muito com isso porque acredito que nem sempre "é só tecido".

    beijinhos, nanaview 💌

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    1. Oi meu bem! Que alegria te ver por aqui! Realmente, as vezes não ter um jogo de cintura ao comprar nossas peças acaba por não ser viável, já que você gasta e gasta, e no fim não se sente satisfeita com seu guarda-roupa. Ano passado tive uma crise dessas, e sim, conhecer a Farm e marcas que tem uma "identidade" me ajudou muito a formular um estilo mais pessoal e investir em peças novas. Uma dica que talvez ajude é sempre que for comprar algo novo, pense nas seguintes coisas: se é realmente usável, se você conseguiria combinar aquela peça e formar ao menos 3 looks, se fica ideal no seu corpo e confortável. Beijinhos!!

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