NOTION + Como entendemos a solidão?

Eu venho aqui contar sobre este livro como um cientista que apresenta uma galáxia recém-descoberta. Compartilho esta resenha como quem sonha que voltou aos onze anos de idade. Trago-lhes uma obra de Mariana Salomão Carrara que se tornou uma das minhas favoritas: Se deus me chamar não vou. O título, em tom rebelde e imperativo, com "Deus" escrito em minúsculo, já expressa a complexidade da mente infantil — pequena e feroz — diante da estrutura sólida da sociedade. Ao retomar a lembrança lúdica da infância, pode-se dizer que era a "época de ouro". Mas será que ser criança também não aperta? Incomoda? Será que nossa angústia de viver só começa quando perdemos a inocência — …
Nesse mês de Abril acabei por adquirir mais livros do que costumo comprar em um mês. Geralmente só compro dois livros por mês pela seguinte questão: só pego o que quero ler no momento. Evito comprar alguma coisa pensando em ler depois. Quando acontece de eu acabar comprando mais que três livros no mês, pode ocorrer de o próximo livro ficar de canto na prateleira, atrás de algum outro que estou com mais interesse em conhecer, e logo acabo por postergar a leitura até finalmente esquecê-la — e isso é um desperdício de dinheiro. Devido minha rotinha (estudar, trabalhar na escala 6x1, tentar viver, etc) eu realmente não tenho tempo para ler tudo o que gostaria em um mês, para falar a verdade, eu…
Há algumas semanas, antes de ser lançada a coleção de inverno, a Farm disponibilizou seu bazar sazonal, e eu, como gosto muito da marca (apesar de ter algumas ressalvas) fui conferir os descontos e as peças; acabei achando uma saia lindíssima que estava saindo por menos de trezentos reais, e que seu preço original seria quase quinhentos reais. Eu realmente achei a saia muito bonita, a estampa era um belíssimo desenho inspirado na comunidade dos Ribeirinhos na Amazônia. Era uma peça que iria conferir muita personalidade aos looks que estava pensando em montar. Mas eu comprei? Não comprei! Mesmo tendo chegado nas minhas amigas do curso e perguntando como quem não quer nada "O que achou …
Escrevo essa nota as escondidas no banheiro do meu trabalho. Pra onde se deve correr quando o "querer" vai embora? O que se deve querer? Estou falando não apenas daquele querer que temos quando há algo especial e novo acontecendo: um projeto tão aguardado em fim tomando forma, uma inesperada conexão humana, uma aula revigorante, uma roupa nova, um hobbie novo; eu quero dizer o "querer" que move o cotidiano. A motivação de continuar viva. Comendo. Respirando. Andando. Olhando. Pensando. Processando. Sorrindo. Estando presente. Analisando. Não entendendo. Chorando. Desde que dei uma pausa nos reguladores de humor que estava tomando essa inquietude me tomou novamente. Confe…